Maguetas era muito rápido na criação, e o desenho ele fez do seu jeito, sem nenhum apelo publicitário, simples como ele mesmo. Talvez não conseguisse obter nenhum sucesso, se não tivesse lançado mão da sabedoria de caipira, fazendo amizade com a primeira pessoa a quem se apresentou.
Era uma portuguesinha da ilha da Madeira, mais ou menos da mesma idade que ele, e a amizade foi rapidamente conquistada. Ela era namorada de um dos diretores da firma e falou com ele sobre a necessidade de Maguetas pelo emprego. O diretor, vendo o resultado do teste, resolveu contratar o jovem artista. Nasceu ai uma grande amizade com o diretor, que durou até a sua morte. O chefe e Maguetas eram como verdadeiros irmãos. Aldo Campi seu chefe, comprava seus quadros e nunca permitia que o jovem parasse de pintar. Talvez fosse um dos poucos amigos de verdade que Maguetas teve em São Paulo.