O Primeiro Contato com a Morte – O Tifo 1947

Estavam morando na Rua São José, a meio quarteirão da Rua do Comercio. Era uma casa bem simples, sem forro, igual a maioria das casas da época na cidade. Tinha um grande quintal com multas frutas e um forno de lenha bem grande, onde a mãe do menino fazia pães para os sete filhas: Adalgisa Terezinha, Elza, Sebastiana, Marta, Alda e a caçula Abigail, e também para o único homem dos filhos. O menino sentia o cheiro bom de pão, apesar de ser misturada farinha de trigo com mandioca, pois o trigo estava racionado por causa da guerra terminada há dois anos em 1945.

Meu avó estava desempregado. A mãe do menino fazia merenda em uma escola municipal. Os vizinhos da Família Bonelli, fabricantes de carroças usavam forjas sopradas por um enorme fole; e um homem o levantava e o abaixava o tempo todo enquanto outro batia na enorme bigorna o ferro incandescente para as peças das charretes e carroças. Eram poucos os veículos automotores na cidade, dava para contar nos dedos as pessoas que possuíam automóvel.

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