Luar no Sertão
Candido – Portugal
Poeta do Grupo Ecos da Poesia
Ó luar que ainda és o suplemento
Duma insubsistente agricultura,
Onde só tu és fonte de fartura
No destino dum povo tão sedento.
Escuta o som dolente dum lamento
Do Sertão, onde a vida é uma aventura.
E a aridez insondável da amargura,
Vem te pedir um pouco de alimento.
O gente de bravio coração!
Deixa que eu pinte um verso em teu sertão,
Em forma de oração a tanta mágoa.
Quem sabe o São Francisco se comove,
Aponta a Deus um Céu que nunca chove,
E ganha a benção duma gota de água.
O quadro exposto já foi vendido.
Giclee sob encomenda dessa obra.